Destruição e Criação

O artigo “Destruction and Creation”, publicado por John R. Boyd em 1976, é a fundação do trabalho que desejamos realizar nesta página. Em seu resumo, ele expressa de forma simples o assunto:

Para compreender e lidar com nosso ambiente, desenvolvemos padrões mentais ou conceitos de significado. O propósito deste artigo é resumir como nós destruímos e criamos esses padrões para nos permitir moldar e sermos moldados por um ambiente em mudança. Neste sentido, a discussão também literalmente mostra por que não conseguimos evitar esse tipo de atividade se temos a intenção de sobreviver em nossos próprios termos.

A atividade é dialética em natureza, gerando tanto disordem e ordem que emergem como um universo de conceitos mentais em mudança e expansão unidos a uma realidade observada também em mudança e expansão.

A palavra destruction, em inglês, tem sentido duplo: o ato de destruir ou o ato de desestruturar. Em 1976, Boyd trabalhava para o Pentágono, após anos servindo à Força Aérea dos EUA como piloto de caça, o que deve explicar para o leitor diversas opções que o autor usou em seu artigo. Seus trabalhos sempre tiveram o objetivo de salvar a vida de pilotos e maximizar a capacidade de sucesso em missões de aviação de caça.

Este artigo, contudo, torna-se relevante para nós pela natureza generalista que ele aborda o processo. Nos anos anteriores, Boyd (um engenheiro industrial) estava envolvido no desenvolvimento dos aviões F-15 e F-16, os primeiros aviões construídos com base na teoria de Energia-Manobrabilidade (E-M) de Boyd e Thomas P. Christie. Em Destruição e Criação, ele identifica onde a engenharia e a mente humana se cruzam, e como conceitos existentes no mundo físico podem demonstrar também os limites ou capacidades da mente humana na compreensão de seu ambiente.